Como Vencer Qualquer Discussão Sem Dizer Uma Única Palavra (ou falando DEMAIS) | As 48 Leis do Poder

Como Vencer Qualquer Discussão Sem Dizer Uma Única Palavra (ou falando DEMAIS) | As 48 Leis do Poder

Em 131 a.C., após cercar a cidade grega 
de Pergamo, o cônsul romano Mucianus   Notou que precisaria de um aríete para 
derrubar as muralhas e invadir a cidade.  Alguns dias antes, ele havia visto dois 
mastros de navio em Atenas e, portanto,   Ordenou que seus soldados fossem 
buscar imediatamente o maior deles.  Ao receber o pedido em Atenas, o engenheiro militar encarregado começou a discutir com os soldados. Alegando que o cônsul estava enganado e 
que não entendia tanto sobre o assunto quanto ele,   O engenheiro insistiu que o mastro menor seria 
a melhor alternativa para realizar a missão.  Depois de uma longa de discussão, os soldados alertaram o engenheiro que Ele não deveria discutir com
um homem poderoso como Mucianus, E que deveria simplesmente engolir
seus conhecimentos e apenas obedecê-lo. Entretanto, contrariando as ordens do cônsul e achando
que o surpreenderia com os seus conhecimentos,   O engenheiro decidiu enviar o mastro menor. Quando o mastro menor finalmente chegou, Mucianus pediu explicações aos seus soldados. O cônsul ficou furioso com toda a história, e mandou buscarem o engenheiro imediatamente. Alguns dias depois, o engenheiro chegou, mas não deu o braço a torcer. Ele continuou discutindo, deu todas as explicações possíveis, E até chegou a dizer ao cônsul que ele deveria aprender
a ouvir um especialista como ele no assunto. Quando finalmente parou de falar, 
Mucianus chamou seus soldados e, Na frente de todos, açoitou o engenheiro até a morte. Lei nº9 – Vença por suas atitudes, não discuta.  Qualquer triunfo momentâneo que você 
venha a alcançar com uma discussão é,   Na verdade, uma vitória obtida a um alto 
custo, com potenciais danos irreparáveis:   O ressentimento e a má vontade
que você desperta nas outras pessoas São mais fortes e permanentes do que
qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você
por suas atitudes, sem dizer uma única palavra. Demonstre com suas ações, não explique. Durante o Renascimento, em Florença, na Itália,   Havia um enorme bloco de mármore 
que estava abandonado em uma igreja.  Depois de diversas discussões e alguns 
problemas, O famoso Michelangelo acabou sendo escolhido para transformar aquela grande pedra em uma obra de arte.  Semanas mais tarde, quando já estava dando os 
últimos toques à escultura, seu patrono, Soderini,   A pessoa que financiava o trabalho do artista, 
compareceu ao local para avaliar os resultados.  Embora, no fundo, achasse o trabalho magnífico, 
Soderini era bastante orgulhoso de suas opiniões e, Fazendo-se de conhecedor, ele disse ao artista 
que o nariz da escultura parecia grande demais. 

Michelangelo logo percebeu que o problema não 
era o nariz, Mas sim, a perspectiva pela qual
Soderini estava olhando para a obra. Então, sem dizer uma única palavra, Michelangelo pegou suas ferramentas, Apanhou secretamente um punhado de pó, e subiu em direção à cabeça da escultura. Lá em cima, ele começou a bater inofensivamente no nariz, deixando aos poucos que o pó caísse de sua mão.  Ele, então, pediu para Soderini ir um pouco 
para o lado, para ver o que ele achava agora.  Surpreendentemente, o patrono respondeu: 
Está perfeito! Você lhe deu vida. O fato é que Michelangelo não mudou nada no nariz. Ele entendia muito mais sobre arte do que Soderini
e sabia que, se alterasse o nariz, não haveria mais volta.  Entretanto, ele era esperto demais para discutir. Michelangelo sabia, desde o início, que se ele discutisse e tentasse convencer o orgulhoso Soderini de que estava errado, ele iria apenas causar problemas e colocar em 
risco a sua relação e os seus futuros negócios.  O famoso artista encontrou uma saída muito melhor, 
e venceu a discussão de maneira sutil e indireta.  Esse é o duplo poder de vencer com 
suas atitudes ao invés de discutir:   Ninguém fica ofendido e você prova que está certo. Você precisa entender que discutir é, quase sempre,
um enorme desperdício de tempo e energia.  A grande maioria das pessoas é orgulhosa 
e gosta de acreditar que está certa.  Quando você discute com outra pessoa e tenta provar que você está certo – e, consequentemente, de maneira indireta, que a outra pessoa está errada – você coloca em dúvida a inteligência, as convicções
e as opiniões dessa outra pessoa. Em outras palavras, você a faz se sentir insegura, inferior e até ofendida. E, no fundo, ninguém gosta de se sentir assim. A pessoa provavelmente ficará na defensiva 
e raramente dará o braço a torcer. Ela pode até chegar a concordar com você
– talvez apenas por educação – Mas você nunca saberá o real efeito de suas palavras – em especial, no longo prazo. No fim das contas, ao discutir e tentar provar que possui a razão, Você provavelmente irá apenas gerar ressentimentos, desgastar a relação e pode até causar sérios problemas. No caso do engenheiro, após discutir tanto
e tentar provar que estava certo, Nem mesmo a eloquência de 
Sócrates teria salvo sua vida. Uma das maiores vantagens de demonstrar 
a sua ideia de maneira indireta é que os seus adversários não entram na defensiva E, consequentemente, fica muito mais fácil deles serem convencidos. Fazer eles sentirem na própria pele o que você quer dizer é muito mais eficaz e inteligente do que simplesmente discutir. Certa vez, enquanto denunciava os crimes de Stalin, seu sucessor, Nikita Khrushchov,  

Foi interrompido no meio de seu discurso. Um sujeito que estava no meio do público gritou: “O senhor foi colega de Stalin e presenciou os crimes. Então, por que não o impediu na época?” Sem conseguir ver quem havia feito a provocação,
Khrushchov simplesmente respondeu: “Quem disse isso?!”. Ninguém abriu a boca. Ninguém levantou a mão, nem moveu um músculo. Depois de alguns segundos de tensão e silêncio, Khrushchov disse tranquilamente: “Agora você sabe o motivo”. Sem precisar discutir ou tentar argumentar, Khrushchov fez o sujeito sentir na própria pele
todo o medo que ele sentia. Quando o objetivo é conquistar o poder, ou tentar conservá-lo, Quase sempre a melhor alternativa é buscar a via indireta. Além disso, você também deve escolher suas batalhas com cuidado. Aprenda a julgar e escolher suas ações levando em consideração os efeitos que elas terão no longo prazo.  Se, lá na frente, não fizer a menor diferença você provar
que está certo e a outra pessoa concordar com você   – ou então, se o tempo e a experiência puderem fazer essa outra pessoa Compreender por conta própria o que 
você gostaria que ela compreendesse – então talvez seja melhor você nem se preocupar 
em mostrar algo e tentar convencê-la.  Poupe seu valioso tempo e energia, e caia fora. Deixe-a aprender por conta própria. Mas, é claro, há o inverso para esta lei. Em algumas situações, argumentar, discutir e até
falar demais podem ser estratégias muito eficazes. A discussão pode ser usada para distrair
e ocultar as suas intenções, Principalmente quando você está praticando a dissimulação, 
ou quando for pego mentindo e trapaceando. Certa vez, Victor Lustig, mestre em aplicar golpes, havia feito diversas vítimas ao redor dos Estados Unidos ao vender, Por 10 mil dólares, uma caixa esquisita
que prometia copiar dinheiro. Ao descobrirem que haviam sido enganadas, 
as vítimas preferiam ficar em silêncio e não procuravam a polícia, Pois, além do constrangimento, correriam o risco
de serem presas por tentarem fabricar dinheiro. Entretanto, uma de suas vítimas, o xerife Richards,
não aceitou ser enganado E decidiu perseguir Lustig até encontrá-lo
no hotel em que estava hospedado. Ao confrontá-lo, o xerife apontou sua arma para o vigarista
e gritou, furioso: “Você me enganou com aquela maldita caixa”. Fingindo não entender o que havia acontecido, Lustig perguntou: “Quer dizer que não está funcionando?”

“Você sabe que não está!”, retrucou o xerife. “Ah, impossível! Você seguiu as instruções direito?”, perguntou Lustig. “Eu fiz exatamente o que você me disse para fazer”, respondeu o xerife.  “Não pode ser. Você deve ter feito algo errado”,
Lustig disse.  A discussão ficou nesse vai e vem, sem sair do lugar, 
até que, finalmente, o xerife abaixou a arma. Lustig, então, começou a usar diversos
jargões técnicos sobre o funcionamento da caixa,  Deixando o xerife inseguro e confuso.  Em seguida, Lustig sugeriu: “Vamos fazer assim. Você pode ficar com a caixa! Vou lhe dar todo seu dinheiro de volta,
além de todas instruções corretas por escrito. O que você acha? Você não tem nada a perder!” O xerife, então, ficou muito satisfeito com a proposta, pegou as instruções, o dinheiro, e foi embora feliz da vida. Alguns dias depois, enquanto lia o jornal, Lustig encontrou o que queria: Uma notícia sobre prisão do xerife Richards, 
condenado por passar notas falsas – notas, estas, que Lustig havia dado para ele. No fim das contas, Victor Lustig ganhou a discussão, ficou com o dinheiro de verdade E nunca mais foi incomodado pelo xerife.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *